Pequenos gestos diários que educam

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Que educar dá muito trabalho nós estamos cansadas (literalmente) de saber. Mas existem pequenos gestos e aprendizados, que devem ser trabalhados diariamente, para que você não precise entrar em guerra sempre que for pedir seu filho para devolver um brinquedo, guardar um objeto ou até mesmo ser educado com outras pessoas.

Alguns aprendizados precisam de uma dose extra de paciência, pois precisam que a gente dedique um tempo que nem sempre dispomos. Com um dia a dia cada vez mais corrido, é comum apressar as crianças nos afazeres, ou se aborrecer quando elas não atendem no primeiro pedido. E como equilibrar a falta de tempo com a paciência para ensinar a esperar?

Tenha em mente que uma coisa é a rotina, outra a exceção. Procure dedicar o tempo necessário para o aprendizado do seu filho, mesmo que isso vá lhe fazer atrasar alguns minutos. Assim, no dia em que o atraso não possa ser tolerado você poderá explicar que: hoje a mamãe/o papai está com pressa e que não podemos demorar. Ele saberá que pode confiar em você. E para reduzir as chances do choro, convide ele a “correr” para o compromisso: “Estamos com pressa, vamos nos arrumar bem rápido! Você consegue me ajudar? Muito rápido! Vamos!” Tente tornar divertido o processo (nem sempre vai ser possível, mas vale tentar). Crianças adoram se sentir úteis, e certamente ele vai curtir te ajudar na “corrida”.

Ensinando as palavrinhas mágicas

Crianças tendem a aprender por observação. Então ao invés de brigar várias vezes para lembrá-la de usar estas palavras, procure ter com ela as mesmas atitudes que você quer que ela tenha com os outros. Peça obrigada quando ela fizer algo por você, peça por favor ao fazer um pedido, peça licença para passar… Você verá que ela irá naturalmente repetir seus gestos. Não há mal nenhum em usar estas palavras com o seu filho, não lhe tira a autoridade e sim aumenta seu respeito.

Claro que isso não vai suprir a necessidade do clássico lembrete “como se fala?” que poderá ser seguido de “Obrigada” ou “por favor” como resposta… Mas a sementinha estará plantada.

Não “arranque” objetos das mãos do seu filho

A menos que seja algo que represente um perigo iminente, não tire abruptamente objetos / brinquedos da mão do seu filho. Isso só desperta a raiva e a mágoa, e irá lhe garantir uma choradeira. Eu sempre evitei ao máximo e lhe digo que pouquíssimas vezes eu cheguei ao ponto de ter que “tomar” algo da mão da Marina. É um gesto que parece inofensivo ou até mesmo “de direito” dos pais, mas que involuntariamente faz com que a criança se ponha em um estado de raiva difícil de controlar sozinha (ela não sabe lidar e não controla). Faça um teste: peça que outra pessoa tome algo da sua mão inesperadamente, em um momento que você esteja distraída, ou faça este gesto com alguém que possa te relatar como se sentiu. Você vai entender como a criança se sente.

E como fazer então? Cada criança é uma criança, você precisa testar como é a melhor abordagem com a sua, mas vou falar sobre o que funciona com a minha:

Peça, em voz firme, que a criança lhe entregue o objeto. Se após a segunda tentativa não tiver sucesso chame-a pelo nome e pergunte: “Fulana, mamãe já pediu para você entregar o brinquedo, quer que eu tire da sua mão, ou você vai me entregar?” Geralmente ela diz que não quer que eu tire e me entrega.

Esta abordagem tem uma linha tênue… Você certamente irá precisar pedir mais de uma vez para ser atendida, mas não estenda por muito tempo esta repetição e nem permita que ela ignore o que você está pedindo. Também não deve desistir de retirar o objeto da mão dela, uma vez feito o pedido não volte atrás. A criança lê toda a sua linguagem corporal, e ela precisa ser coerente. Tente demonstrar firmeza, sem ser ameaçadora, pois se ela sentir que sua fala não está segura irá lhe testar um pouquinho mais…

No caso de precisar repetir uma ordem, para que isso não afete a sua autoridade, você pode ter as seguintes atitudes: procure falar de perto com a criança, faça com que ela olhe para você, chame-a pelo nome e procure não dar ordens complexas (peça uma coisa por vez para que ela possa assimilar o que está sendo pedido). Mas lembre-se: repetir as coisas muitas vezes é comum e faz parte do processo de aprendizado. Normalmente por volta dos 5 anos as crianças já atendem no primeiro “não”. Tenha paciência…

Adquirindo independência

Quando a criança começa a querer fazer suas coisas sozinha, é um período terrível para pais apressados! Eu mesma tive que me doutrinar muito para não errar com a Marina… Nunca diga para seu filho que ele é “lento” ou que “não sabe fazer nada direito”, são frases que magoam e podem ficar no inconsciente da criança pelo resto da vida! Também pode fazer com que ele deixe de tentar fazer outras coisas sozinho por medo de não ser aceito. Ao contrário, tente começar a se arrumar pra sair mais cedo, espere com paciência e tente interferir pouco no processo de aprendizado, procure deixar que seu filho ao menos tente fazer cada coisa, e diga que se ele precisar de ajuda você estará ao seu lado para ensinar.

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Fonte: incrivel.club

Além de você estar preparando um adulto mais seguro e desafiador, você ensinará a ele a esperar. Quando ele tentar te interromper ou quiser ser atendido de imediato você pode lembrá-lo sobre a necessidade de esperar.

Educar é um trabalho diário e de formiguinha. Acredito que mudando a visão sobre as abordagens diárias você irá notar uma diferença na reação dos seus filhos também. Já experimentou? Então conta pra gente nos comentários!

Beijinhos

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