Final do ano já está aí e com ele começa a fase de planejamento para o ano que está por vir, já que a época de matrícula nas escolas já começou. Mas você sabe a diferença entre as metodologias de ensino das escolas? Já pensou em qual se adapta melhor à sua família?
É muito comum para mães de primeira viagem, ter muitas dúvidas sobre como escolher a escolinha para colocar seu pequeno, e pensamos muito nas instalações, na alimentação, na localização… Mas muitas vezes acabamos não pensando sobre qual a metodologia é mais adequada para a personalidade da criança. E essa escolha, muitas vezes, é muito importante para o seu sucesso acadêmico. Pois diferentes personalidades, demandam diferentes abordagens de ensino, para aproveitar ao máximo as habilidades e capacidades de cada indivíduo.
Por isso, cada vez mais novas metodologias estão sendo adotadas pelas escolas e é importante os pais conhecerem cada uma, para avaliarem o melhor para seu filho e qual melhor se encaixa em seus conceitos e valores familiares.
A maioria das escolas seguem um mesmo método e poucas são aquelas com metodologia diferenciada, e por isso esse assunto é tão pouco falado. Então, antes de escolher a escola do seu filho, venha conhecer as metodologias mais comuns e a diferença entre elas. Quem sabe você se identifique com uma metodologia diferente para a criação do seu filho? Ou descubra que seu filho se adapta melhor a uma metodologia de ensino do que à outra?
Tradicional
É o modelo mais utilizado pelas escolas brasileiras. Criado no século XVIII, possui foco no aprendizado, com a figura centralizado no professor, que é o transmissor do conhecimento. Escolas tradicionais valorizam a quantidade de conteúdos repassados e verificam o aprendizado por meio de provas e testes. Possuem exigência pelo bom desempenho dos alunos, visando uma boa colocação no vestibular/Exame Nacional de ensino médio (ENEM). Escolas que seguem o ensino tradicional, tendem a ser mais rígidas com relação à disciplina dos alunos (horário, uniforme, comportamento, etc).
Construtivista
Desenvolvida pelo psicólogo Jean Piaget (1896 – 1980), é um método alternativo muito difundido no Brasil. Prioriza que o conhecimento é construído ativamente pelo aluno e o professor é visto como um facilitador do processo. Tem foco na autonomia do estudante, acredita que cada indivíduo aprende no seu tempo, e estimula os alunos a buscarem soluções para os problemas propostos. Estimula a autonomia, o senso crítico e a criatividade. Esta metodologia parte do princípio de que a criança aprende por assimilação de acordo com a sua vivência (ambiente externo).
Segundo Piaget, noções de quantidade, sequência e volume surgem em momentos diferentes do desenvolvimento infantil e de forma espontânea. Para este ensino, mais importante do que acumular conhecimento é desenvolver senso crítico e capacidade de criação.
Apesar de não possuir um currículo rígido, a escola construtivista também aplica provas e pode reprovar alunos.
Sócio-construtivista
Criada como uma vertente da escola construtivista, foi desenvolvida pelo psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934), e acredita que o conhecimento é adquirido a partir de relações interpessoais, aprendendo por meio da interação com grupos sociais. O professor é visto como facilitador apoiando a criança na interação com o mundo e seus conhecimentos. Também estimula o aprendizado de acordo com a vivência individual e as discussões em grupo, para melhor compreensão de diferentes pontos de vista.
Montessoriana
Criada pela italiana Maria Montessori, este ensino prioriza o desenvolvimento de indivíduos independentes, confiantes, com iniciativa e criatividade. Cada criança é responsável pelo seu próprio aprendizado, escolhendo o que estudar em sala. O professor é um guia para o aprendizado e as salas de aula possuem alunos de diversas idades, estimulados a trabalharem em grupo.
Preconiza que todo o material deve estar ao alcance da criança, pois o foco e o desenvolvimento infantil ocorrem por meio da manipulação de objetos. As avaliações são feitas pelo registro de observação dos professores, e não são aplicadas provas.
Waldorf
Criada pelo filósofo Rudolf Steiner, baseia-se nos três aspectos de desenvolvimento da criança: físico, social e individual. Busca desenvolver habilidades artísticas, e realização de atividades motoras. Utilizam materiais simples, como argila, para que os próprios alunos criem seus brinquedos.
Os alunos são divididos por faixa etária, ao invés de séries, e permanecem com o mesmo grupo e o mesmo professor por 7 anos. São aplicadas provas em algumas disciplinas e os pais recebem avaliações trimestrais sobre o desenvolvimento da criança com relação ao seu esforço para aprendizado, comportamento, grau de dificuldade em certos assuntos.
Valoriza fortemente a relação dos pais com a escola, mantendo a expectativa de uma postura alinhada com a filosofia da instituição.
Qual metodologia escolher afinal?
A escolha da metodologia depende muito da personalidade da criança e da filosofia de vida da família. Crianças muito criativas podem não se adaptarem bem em escolas tradicionais e crianças muito agitadas ou de personalidade forte, podem precisar de um aprendizado mais rígido e direcionado. O ideal é conhecer pessoalmente as instituições e observar as necessidades da criança, para dessa forma desenvolver amplamente suas capacidades.
E você? Tem experiências em escolas com metodologias alternativas ou prefere se manter no ensino tradicional? Compartilhe sua experiência nos comentários! Pode ser muito importante para outras mamães.
Beijinhos