Programar-se para o pós-parto é mais do que arrumar a mala da maternidade
Quando falamos em parto e pós-parto logo pensamos numa infinidade de coisas a resolver… Bolsa da maternidade, lembrancinhas para as visitas, rotina da casa, etc etc. Mas pouco se fala na real, ou talvez a principal, necessidade de preparação: o psicológico da recém mãe!
O nascimento de um filho é, sem dúvida, uma das maiores emoções que temos na vida! Mas vem acompanhado de uma série de dúvidas e ansiedades. Na verdade, se você for tão ansiosa quanto eu, as dúvidas já começam a surgir durante a gravidez… Como vou cuidar dele? Vou saber o que fazer? Sempre que me perguntavam se eu estava ansiosa para o parto eu respondia: “Para o parto não… Estou ansiosa para o que vem depois!”.
Logo após o momento em que o bebê nasce, a gente já sente que a maternidade real não é exatamente como nas novelas e filmes. Passada aquela emoção inicial, os procedimentos padrões, o pai leva o bebê para “conhecer a família”. E você fica ali, sozinha, naquele silêncio, sala vazia, até alguma enfermeira lembrar que você ainda está ali (como se a gente tivesse outra opção rsrs), só você e sua placenta… Acho que é nesta hora que os hormônios começam a mostrar a que vieram…
Então começa a incrível transformação… Agora você é mãe!
A partir deste momento, até uns meses depois (para umas mais, para outras sortudas menos), você vira um furacão de hormônios! Eles realmente fazem a festa! E você beira a insanidade, mesmo a mais calma das mulheres tem algum momento de pânico. Mas calma, não precisa sair correndo para ligar para o seu médico e pedir um rivotril “preventivamente”. Isso faz parte do processo! Assim como a TPM acompanha a menstruação, a “farra dos hormônios” acompanha uma grande transformação em sua vida. E quanto mais consciência você tiver disso, menos complicado será o processo.
Para mim, foi fundamental ter consciência de que algumas fases iam ocorrer, pois me permitiram trabalhar isso internamente. Sou uma pessoa ansiosa e “control freak” por natureza… E não queria passar esse peso para minha filha, queria que ela fosse leve, que fosse feliz… Sabe todos aqueles sentimentos fofos que ficam aflorados nessa fase? Pois é… Eu queria muito ser uma boa mãe e sabia que aquilo dependia só de mim e mais ninguém. Por mais que eu tivesse um marido maravilhoso ao meu lado, aquela mudança tinha que vir de dentro para fora.
E falando em marido, não podemos esquecer que ele existe! E não estou falando só no relacionamento íntimo (esse vai precisar esperar o resguardo de qualquer jeito rsrs), mas estou falando em outra pessoa que faz parte do processo e que está tentando fazer o melhor pela mulher que ele ama, mesmo não entendendo muito bem o que sentimos nessa fase (até porque é muito difícil de compreender mesmo, normalmente nem nós entendemos), e por vezes meio sem saber exatamente como ajudar sem ser “mordido” rsrs.
A vida é feita de escolhas e essa fase não é diferente, antes do parto converse com seu parceiro para que ele te apoie e deixe algumas questões resolvidas (por um tempo após o parto você não conseguirá tomar decisões facilmente). Leia o post 5 dicas para se preparar para o pós-parto e saiba mais sobre algumas escolhas importantes nesta fase.
E como a natureza é sábia, após um tempo você nem se lembrará dos perrengues dessa fase, só terá lembranças de como era gostoso o cheirinho do seu bebê!!
Beijinhos
